As alergias alimentares são ocasionadas por um desvio do estado padrão de tolerância imunológica do organismo a agentes externos, como os alimentos. Normalmente, há um impulsionamento da exposição ao antígeno, pelo microbioma do paciente ou pela interação entre ambos.
Ou seja, a alergia alimentar consiste na reação do sistema imunológico a um determinado alimento, envolvendo ainda a produção de anticorpos IgE – classe normalmente encontrada em maiores concentrações durante as reações alérgicas. É comum que as alergias causem reações dentro de poucos minutos, mas também em até duas horas após a ingestão do alimento. As reações podem ser diversas. Entre elas, sistêmicas, envolvendo as áreas cutânea (pele), respiratória e o trato gastrointestinal, e cardiovascular, causado até uma anafilaxia.
Sintomas
Os sintomas podem ser apresentados como desconforto e dilatação abdominal, diarreia, náusea, letargia, vômito, coceira, inchaço, falta de ar e até o fechamento da glote. A saber, o número de células das comunidades microbianas existentes no corpo humano supera o número de células próprias, despertando um primeiro interesse em como a disbiose pode influenciar ações do sistema imunológico.
Consequentemente, o desenvolvimento da sensibilidade aos alimentos. O fator genético contribui muito com as alergias, mas os fatores ambientais do microbioma também.
Fatores que favorecem as alergias
As alergias podem ser desencadeadas por diversos fatores, mas alguns são mais recorrentes. Por exemplo, há quem pense que o isolamento constante e excessivo é o melhor cuidado para preservar a saúde. Engano. Quando o paciente vive na “bolha” ele aumenta o risco de alergia e doenças gastrointestinais, uma vez que o sistema imunológico fica desativado. Ou seja, o corpo fica inoperante e sem os famosos anticorpos.
Outro fator agravante é o consumo exacerbado de antibióticos na infância, bem como protetores gástricos. A alimentação desequilibrada também prejudica neste sentido. Quando a pessoa consome muito fast food contribui para o desfavorecimento do sistema imunológico, o que pode acarretar alergias.
Proteção a alergias
O leite materno é um ótimo protetor para o sistema imunológico em todos os sentidos, inclusive, contra alergias e intolerâncias. Diferentemente do que muita gente pensa, o contato com animais de estimação também ajuda a fortalecer a imunidade. Além disso, o consumo de Ômega 3, Vitamina D e antioxidantes.
Disbiose
A disbiose tende a preceder as reações alérgicas, causando sintomas como diarreia, constipação e/ou ambos em períodos alternados. Normalmente, ela começa na infância e desencadeia a resposta do sistema imunológico. É fundamental, portanto, que a pessoa tenha uma dieta com poucas fibras e baixa gordura.
Lembrando que 50% das crianças que desenvolvem alergia se recuperam ao longo dos anos. Os outros 50% carregam o problema para a vida adulta, principalmente, quando os agentes causadores são: amendoins, nozes, castanhas, peixes e frutos do mar.
Entre os riscos da alergia estão o desenvolvimento de dermatite atópica, asma, manifestações gastrointestinais, síndrome do intestino irritável, doenças autoimunes e inflamatórias.
Dicas para se proteger de alergias alimentares
1. Tenha um estilo de vida saudável. Faça exercícios, beba água e se alimente corretamente. Opte sempre por alimentos mais saudáveis
2. O microbioma é uma alternativa inovadora, ainda em estudo, mas que deverá oferecer cura ou uma melhora para as alergias. O uso de probióticos é uma alternativa eficaz, porém com moderação e indicação médica.
Caso perceba algum indício de alergia, procure rapidamente um médico!